Finanças

Cuidado ao usar Pix: você pode cair no golpe do QR Code e perder dinheiro

O golpe do QR Code está fazendo inúmeras vítimas que optam pelo Pix como forma de pagamento, por isso é importante se proteger.

O PIX revolucionou a forma como os brasileiros realizam pagamentos, oferecendo transferências rápidas e sem custos adicionais. Sua praticidade impulsionou o uso em compras, serviços e até transações informais. No entanto, justamente por ser tão popular, tornou-se alvo frequente de criminosos digitais.

Entre as fraudes mais comuns, destaca-se o golpe do QR Code, que explora a confiança dos usuários e a agilidade desse método. Os golpistas aproveitam anúncios falsos, banners adulterados e links suspeitos para espalhar códigos maliciosos.

Por isso, compreender como funciona essa fraude, aprender a reconhecer sinais de perigo e adotar medidas de proteção é fundamental para garantir a segurança financeira e evitar prejuízos que podem ser irreversíveis.

Se você costuma usar o Pix, saiba como fugir do golpe do QR Code.
Se você costuma usar o Pix, saiba como fugir do golpe do QR Code. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Como funciona o golpe do QR Code?

O golpe do QR Code acontece quando criminosos criam códigos aparentemente legítimos, mas programados para direcionar pagamentos para contas fraudulentas. Geralmente, eles substituem QR Codes originais em anúncios, cartazes ou até mesmo em sites de vendas online.

Assim, a vítima acredita estar pagando por um produto ou serviço real, mas o valor vai diretamente para o golpista. Essa técnica se tornou popular devido à rapidez das transferências via PIX, que dificultam o bloqueio imediato das transações.

Além disso, a ausência de contato físico entre comprador e vendedor favorece a ação de criminosos, que exploram o anonimato para dificultar o rastreamento. Os golpistas ainda aproveitam contextos de urgência para pressionar a vítima.

Em promoções relâmpago, campanhas falsas ou mensagens com prazo curto, induzem o usuário a agir rapidamente, sem verificar a autenticidade do código. Muitas vezes, usam mensagens persuasivas e imagens de empresas conhecidas para aumentar a credibilidade da fraude.

Outro recurso comum é o envio de QR Codes falsos por e-mail, redes sociais ou aplicativos de mensagens. Esses códigos podem estar incorporados em imagens aparentemente inofensivas ou em links encurtados que escondem o verdadeiro destino do pagamento.

Em alguns casos, o golpe não envolve apenas transferência de dinheiro, mas também coleta de dados pessoais, o que amplia o risco para o usuário. Por isso, entender a lógica dessa fraude é o primeiro passo para evitá-la.

Saiba mais: Senado aprova nova tabela do Imposto de Renda: veja o que mudou – ProCred 360

Como identificar um QR Code falso?

Reconhecer um QR Code fraudulento exige atenção e hábito de verificação constante. O primeiro passo é observar a origem do código. Antes de escanear, confirme se ele vem de uma fonte confiável e verificada, de preferência oficial.

Evite escanear códigos expostos em locais suspeitos, como cartazes improvisados, anúncios online de procedência duvidosa ou mensagens enviadas por contatos desconhecidos. A análise visual nem sempre basta, pois golpistas sabem criar imagens muito semelhantes às originais.

Outra estratégia eficaz é utilizar aplicativos verificadores de QR Code. Essas ferramentas permitem decodificar as informações do código antes de qualquer ação no dispositivo. Assim, o usuário pode saber para qual conta ou endereço o pagamento será direcionado e decidir se prossegue ou não.

Muitos desses aplicativos ainda oferecem histórico de verificações, garantindo um acompanhamento mais detalhado das tentativas de fraude. Essa prática adiciona uma camada de proteção importante para evitar erros.

Além disso, fique atento a sinais sutis de falsificação, como códigos colados sobre outros, diferenças na qualidade de impressão ou no alinhamento do layout. Nos meios digitais, desconfie de QR Codes enviados em imagens de baixa resolução ou de remetentes sem vínculo claro com a transação.

Como se proteger desse tipo de golpe?

Para reduzir o risco de cair no golpe do QR Code, adote práticas de segurança consistentes. Prefira sempre realizar pagamentos diretamente pelo aplicativo oficial do seu banco ou instituição financeira, sem ter que ir para outros apps ou sites.

Evite escanear códigos recebidos por meios informais e jamais conclua uma transação sem conferir os dados do destinatário. Mantenha aplicativos de segurança instalados e atualizados no dispositivo, incluindo verificadores de QR Code e antivírus.

Outra medida eficaz é monitorar suas transações com frequência. Assim, qualquer movimentação suspeita será identificada rapidamente, permitindo agir antes que os danos se agravem. Quanto mais preventiva for a postura do usuário, menor será a chance de cair em armadilhas digitais.

Veja mais: Pix consignado? Conheça a versão de transferência exclusiva para empreendedores – ProCred 360

Tem como recuperar o dinheiro perdido?

Recuperar valores perdidos em um golpe do QR Code é difícil, mas não impossível. A agilidade é determinante: assim que perceber a fraude, cancele a transação pelo aplicativo do banco e registre um boletim de ocorrência.

Em seguida, entre em contato com a instituição financeira para relatar o caso e solicitar medidas de bloqueio ou estorno. Embora nem sempre o valor retorne integralmente, a ação rápida aumenta as chances de sucesso.

Além disso, o Banco Central do Brasil oferece o Mecanismo Especial de Devolução (MED) para transações PIX. Ele permite que instituições financeiras revertam valores transferidos indevidamente, desde que a solicitação ocorra em tempo hábil.

Caso não seja possível reaver o valor, o registro do crime ainda é essencial. Ele ajuda as autoridades a mapear fraudes, prender responsáveis e prevenir novos golpes. Mais do que buscar reembolso, essa atitude fortalece a segurança digital para todos os usuários.

Não perca: App MEI chega com novidades importantes; saiba quais são e como usar – ProCred 360

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo